terça-feira, agosto 30, 2011

Odeio minha fraqueza em me enganar





Lá estou eu em mais uma mesa com risos pela metade. Olho pro lado e sinto uma saudade imensa, doída, desesperançada e até cínica. Saudade de alguma coisa ou de alguém, não sei. Talvez de mim, de algum amor verdadeiro que durou um segundo... Meus amigos me adoram. Mas será que eles sabem que se eu estou morrendo de rir agora, mas daqui a pouco vou morrer de chorar? E isso 24 horas. E eu, mais uma vez, olho para o lado morrendo de saudade dessa coisa que eu não sei o que é. Dessa coisa que talvez seja amor. Odeio todos os amores baratos, curtos e não amores que eu inventei só para pular uma semana sem dor. A cada semana sem dor que eu pulo, pareço acumular uma vida de dor. Preciso parar, preciso esperar. Mas a solidão dói e eu sigo inventando personagens. Odeio minha fraqueza em me enganar. Eu invento amor, sim e dói admitir isso. Mas é que não aguento mais não dar um rosto para a minha saudade. É tudo pela metade, ao menos a minha fantasia é por inteiro.. enquanto dura. No final bruto, seco e silencioso é sempre isso mesmo, eu aqui meio querendo chorar, meio querendo mentir sobre a vida até acreditar. E aí eu deito e penso em coisas bonitinhas. E quando vou ver, já dormi.

sábado, agosto 27, 2011

Eu sou...






Eu estou atrás da porta, o corpo revirado, amassado, pequeno, todo dobrado. Sou uma carta gigante, chata, cheia de erros, longa demais, muito complicada. “Chega”, alguém, com preguiça de ler sobre o amor ou sem coração para se emocionar com uma carta, disse. E eu virei bolinha de papel. (...) Eu sou uma luzinha minúscula no meio da multidão, uma luzinha que pertence ao show mas não tem o que celebrar. Eu sou um pontinho enorme de tristeza e desespero no meio das pessoas enlouquecidas cantando “I can’t live, with or without you”. Eu sou uma pequena voz em meio a tantas pessoas que sofrem. Deus, eu sei, eu sei, são tantos e maiores os sofrimentos mas, por favor, não deixe de me dar força, me dar força para que pelo menos, ainda que pequena e com vontade de queimar, eu continue ao menos acendendo o meu fogo e fazendo parte da expectativa. (...) Mais do que tudo, sou a garotinha assustada, cinco ou seis anos, ajoelhada no chão do banheiro pedindo que os pais parassem de brigar, assustada com o amor, assustada com a vida, assustada com a porta trancada e a solidão. Essa mesma garotinha mal resolvida que vaga dentro de mim, como um espírito que não aceita evoluir, é a garotinha que quis se curar do medo do amor com um amor tão grande, tão grande, tão grande, que não existe. E ficou sem nenhum.

terça-feira, agosto 23, 2011

O nosso pra sempre (L'

Não somos o estereótipo de casal perfeito, Ao contrario, somos totalmente errados. Parecemos melhores amigos, brincando de ser namorados. Nos odiamos,  nos amando em segredo. Eu implico com a tua mania de mecher no cabelo e de esconde-los sob teu boné azul. E você implica com a minha altura. Somos a imperfeição em pessoa. Te irrito com meu ciumes, e só Deus sabe como você me suporta. Podemos não nos ver todos os dias, mas de que iria valer isto ? Claro, as vezes a saudade aperta, e se torna quase insuportavel. Mas vejamos pelo lado positivo, algo repetitivo enjoaria. Temos que dar o tempo para sentirmos saudade, para que o abraço se torne ainda mais desejado e o beijo ainda mais gostoso quando finalmente nos tocarmos. Tenho ciumes das tuas amigas e você, dos meus amigos. E tentamos esconder, tentamos. O que não tem dado muito certo. Você é super-protetor, do tipo que pergunta se estou bem a cada minuto, só para ter certeza. Me conhece melhor que qualquer pessoa, e sabe exatamente quando preciso só de um abraço e silencio. Você implica com as minhas manias, com minhas roupas e com a minha altura. Lhe irrito com o minha teimosia, sempre tornando a lhe lembrar de teus tombos, e rindo deles. Caçoamos de nossas quedas, de nossos erros. Rimos de cada bobeira, cada piada, cada palhaçada boba que contamos. Fazemos coisas erradas, mas afinal, que graça tem algo totalmente certo ? E sempre quando nos reencontramos, após uma ou duas semanas, me surpriendo com a beleza do teu sorriso, que só faz aumentar. Você me provoca, me excita, me irrita, me seduz e me conduz a um mundo só nosso. E quando juntos, parece que o mundo lá fora desaparece, some. Só existe eu e você. Brigamos frequentemente por ciumes, mas continuo tentando lhe convencer de que lhe pertenço, e que sou só de você. E nunca irei me convencer de que suas amigas não lhe roubaram de mim, sempre irei desconfiar. Não de ti, e sim delas. Pois meu medo de lhe perder é maior do que muita coisa. Planejo nossa vida antes de dormir, e talvez um terço dos meus planos não daram certo. Mas um deles terá de se realizar, nosso casório. Ah, tão perfeito que será. O imagino ao menos uma vez no dia. Você, tão lindo, no altar, ao me esperar. E eu, entrando, radiante por enfim me tornar, formalmente, somente tua. Talvez chorariamos. Não, isso é uma certeza. Iremos nos desmanchar em lagrimas, em uma felicidade aguda. E talvez, daqui a alguns meses, eu possa dormir na tua cama, ou você na minha, lhe deixo escolher. Poderiamos fugir da sua casa durante a madrugada, e sentar na calçada, em frente ao teu predio. E sozinhos, na rua deserta, admirariamos a Lua cheia, nos lembrando que no dia em que nos vimos pela primeira vez, ela estava em sua fase completa. O que se torna ainda mais clichê, a Lua completa no céu, e nós dois, nos completanto em um primeiro abraço na terra. Poderiamos sair, eu usaria meu vestido azul, só para combinar com o teu boné. E implicaria, tiraria-o de tua cabeça e colocaria na minha, dizendo que teu cabelo é perfeito demais para ficar encoberto. E me irritaria sempre com a tua mania de mecher constantemente no cabelo. Que é somente uma das coisas mais lindas em você. Incluindo, é claro, o teu sorriso encantador, teu olhar sedutor, teu perfume maravilhoso, teu corpo lindo e tua boca, que me atrai sempre. Eu lembro do começo de tudo, de cada detalhe, e lembrarei, pelo resto da minha vida. E eu lhe prometo meu amor, prometo ser a sua pequena, durante e após o nosso para sempre.

Eu sou dessas idiotas covardes





Eu sou dessas malas sem alça que vai ter ciúme dos seus amigos, dessas pessoas maravilhosas que te conhecem há muito mais tempo que eu. Essas pessoas maravilhosas que serão as primeiras a saber, daqui cinco anos, que você está comendo a vaca da Claudinha. Aliás, eles que vão te apresentar a vaca da Claudinha.
Só de pensar nessa puta da Claudinha, sabe o que eu fiz assim que você saiu da minha casa ontem? Eu liguei para o Pedro. Depois para o Ricardo. Depois para o Fábio. E deixei todos de sobreaviso: ando super carinhosa, gatos.
No fundo, no fundo, não tenho a menor vontade de ser carinhosa com nenhum deles. Mas sou dessas idiotas covardes que quando percebem que estão gostando de alguém, resolvem gostar de vários. Só para banalizar o sentimento. Só para descentralizar a renda. Olha eu, fazendo piadinha meio de esquerda… olha eu, escrevendo meio parecido com você e dando nomes para personagens. Eu sei que gosto de alguém quando esqueço de não gostar tanto de mim. E eu gosto de você, mesmo sabendo que você gosta de mim por pouco tempo. 

Isso passa...



Eu sei, eu sei, o eterno clichê “isso passa”. Passa sim e, quando passar, algo muito mais triste vai acontecer: eu não vou mais te amar.
É triste saber que um dia vou ver você passar e não sentir cada milímetro do meu corpo arder e enjoar. É triste saber que um dia vou ouvir sua voz ou olhar seu rosto e o resto do mundo não vai desaparecer...Meu amor está cansado, surrado, ele quer me deixar para renascer depois, lindo e puro, em outro canto, mas eu não quero outro canto, eu quero insistir no nosso canto.
Eu me agarro à beiradinha do meu amor, eu imploro pra que ele fique, ainda que doa mais do que cabe em mim, eu imploro pra que pelo menos esse amor que eu sinto por você não me deixe, pelo menos ele, ainda que insuportável, não desista.

segunda-feira, agosto 22, 2011


Eu não tenho um portão para te esperar, como minha avó um dia esperou pelo meu avô e eles ficaram juntos por 70 anos. Talvez eu também seja engolida por esse mundo que cria tantas facilidades para a gente não sofrer. Tenho medo de que tudo seja uma mentira e de verdade sinto que é.

domingo, agosto 21, 2011


"Que mulher não seria digna de uma camisa de força ao ver que o homem que ela ama é o maior de todos os homens por dentro, mas insiste em ser um idiota, cercado de coisas, palavras, musicas, lugares e pessoas idiotas, por fora? 
Que mulher não babaria tomando choques na cabeça, ao saber que o homem mais sensível, puro e lindo do mundo, insiste, por medo que o machuquem, em se fazer de invencível e cagar pro resto do mundo?"

segunda-feira, agosto 15, 2011

Eu temia que fosse amor.




Mas de alguma forma, quando eu te conheci, eu sabia que seria você. Talvez tenha demorado pra perceber, mas o fato foi que percebi e naquele momento eu tive a certeza de que não podia te perder. Eu temia que fosse amor. Mas, de repente me senti tomada por algo mais forte que eu e de alguma forma você teria que ser meu. E veio a cegueira. A cegueira da alma, a cegueira do ser, a cegueira do espírito. Costumo chamá-la de cegueira boa. Talvez com a chegada dela eu tenha aprendido a dar valor a coisas menos superficiais. Foi meio assim mesmo, veio um monte de sentimentos, sensações, valores, mudanças do bem. Eu sinto que é isso que você causa em mim, nada mais e nada menos que O BEM.


( T. B )


terça-feira, agosto 09, 2011

E a boa menina se transforma numa mala

Tudo bem, queremos meninas legais, sexy, saradas, bonitas, inteligentes e boazinhas! Muito fácil falar, pois quando aparece uma assim, de bandeja, a primeira coisa que a gente pensa é: oba, me dei bem!! ficamos com elas uma vez, duas. Começamos a pensar que essa é a mulher que as nossas mães gostariam de ter como noras. Se sair um relacionamento, vai ser uma relação estável. Você vai buscá-la na faculdade, vocês vão ao cinema, num barzinho. Tudo básico, até virar uma rotina sem graça, você vai olhar os caras bem vestidos e bem humorados indo pra noite arrasar com a mulherada e vai morrer de inveja. Vai sentir falta de dar aquelas cantadas infalíveis na noite, falta de dar umas olhadas pra uma gata, ou de dar aquela dançadinha mais provocativa na pista. Você pensa: acho que não estou pronto pra isso, pra me enclausurar pro resto da vida nesse relacionamento.
E a boa menina se transforma numa mala, e aos poucos vai surgindo um nojo dela, uma aversão. Quando você vê o nome dela no celular, não dá vontade de atender... Já era. Aquela promessa da vida estável vai por água abaixo, se a menina não se dá conta, nós começamos a ser grosso, muito grosso. E a pobre menina pensa: o que eu fiz? Coitada, ela não fez nada, a culpa é nossa mesmo. Aí, voltamos pra nossa vidinha que nós tanto odiávamos até semanas atrás. Não vemos a hora de sair e arrasar na noite, ou pegar aquela mulher gostosona que sempre quisemos. Grande desilusão. Por mais que não queira, você pensa na sua menina boazinha que você deixou para trás. Ela podia ter seus defeitos, mas era uma menina legal, que ficaria ao seu lado te dando valor. Enquanto isso a boa menina, chateada, lesada custa a entender o que ela fez pra ter te afastado dela, aí essa dúvida vira angústia, que vira raiva. A menina manda tudo à puta que pariu! Não quer mais saber de nada, só de sair, zuar, dançar e beijar outros caras. Resolve então não se envolver mais, para não sair lesada ou chateada, muito bem! Acabamos de criar uma monstra. O tempo passa e nós continuamos na mesma, volta a reclamar da vida e das mulheres, elas só querem as coisas com homens cachorros, ou será que nós é que fomos cachorros? Elas são assim por nossa culpa. A mulher da night de hoje, era a boa menina de outro homem ontem, e assim sucessivamente. Provavelmente essa nossa ex-boa menina, deve estar enlouquecendo a cabeça de outro homem por aí. Eu a perdi para sempre, ela virou uma mulher enlouquecedora... Eu a encontrei na balada, e ela? Nem me olhou... Mas estava mais linda do que nunca. ''

domingo, agosto 07, 2011

"Foi por sorrir tanto de graça que eu paguei tão caro





Foi por sorrir tanto de graça que eu paguei tão caro por todas as coisas que me aconteceram. Às vezes me pego olhando ao meu redor e vendo tanta menina parecida comigo. Tanto sentimento gritando de bocas caladas e escorrendo de peles secas. Tanta coisa acontece com a gente. Tanta gente passa pela gente, mas tão pouca gente realmente fica. E eu sei que, talvez, eu tivesse que ficar triste. Talvez eu tivesse que continuar secando lágrimas, abraçando o vento e rindo no vácuo, mas o fato é que eu não consigo. Eu não consigo mais ser triste só para mostrar que um dia eu fui - ou achei que tivesse sido - feliz. Aprendi com os meus próprios erros que sofrer não torna mais poético, chorar não deixa mais aliviado e implorar não traz ninguém de volta. Eu que gritei para tantas pessoas ficarem, hoje só quero mesmo é que elas sumam de uma vez por todas. E em silêncio, que é pra ninguém ter porque se lamentar. 

sábado, agosto 06, 2011

Cansei das nossas doenças mentais. Eu já disse a você que somos capazes de ter paz, basta querermos o mesmo. E mesmo que a gente não fique juntos pra sempre. Mesmo que acabe semana que vem. Nunca destrua o meu carinho por você. Nunca esfrie o calorzinho que aparece dentro de mim quando você liga, sorri ou aparece no olho mágico da minha porta. Mesmo que você apareça na porta de outras mulheres depois de me deixar

sexta-feira, agosto 05, 2011

Clarissa Corrêa





Acho tão bonito casais que duram. Não importa o tempo, o que vale é a intensidade. Querer estar junto vale muito mais do que estar junto há 20 e tantos anos só por comodidade. Sei que estou falando obviedades, mas hoje vi um casal de velhinhos na rua. Me doeu de uma forma linda. Acho que o amor, quando é amor, tem lá suas dores bonitas. A gente vê uma cena e o coração fica emocionado. Nos dias de hoje, com tanta tecnologia, com tanta correria, com tanta falta de tempo, com tanto olho no próprio umbigo e nos próprios problemas, com tanta disputa pelo poder, pelo dinheiro, por ter mais e mais, sei lá, acho bonito ver um casal de velhinhos na rua. A mão, enrugadinha, segura a outra mão. A outra mão, por sua vez, segura uma bengala. Falta equilíbrio, sobra experiência. Falta a juventudade, sobra história para contar. Falta uma pele lisa, sobram marcas de expressão que contam segredos. Envelhecer não é feio. Em tempos de botox, a gente devia olhar um pouco para dentro. De si. Do outro. Do amor. As pessoas não têm paciência para relacionamentos. Se está ruim elas simplesmente trocam. Não tentam, não se empenham, não lutam para dar certo. Não acho que a gente tem que aceitar tudo que o outro nos dá. Não acho que temos que cruzar os braços para o que está errado. Mas o amor exige uma dose de sacrifício. O amor não é descartável. O amor não pode ser jogado fora. Não dá pra fazer uma lipo no amor. A gente tem é que lutar por ele. Diariamente. Os casais antigos são mais pacientes com os erros e os defeitos do outro. Não acho que mulher tem que ser dona de casa e aceitar um par de chifres. Mas acho que a mulher tem que entender que o homem é diferente. E vice-versa. A mulher quando quer ajuda quer agora e não daqui a cinco minutos. Diferenças de gênio, diferenças de gênero. E que bom que elas existem. E que bom que existem casais com cabelos bem branquinhos e olhares meigos para nos lembrar que o amor pode durar, sim.